O Som do Nosso Silêncio…
Crónica de tempos futuros…
Sei que estás ai
Ou por ai
Mas não me atrevo em te incomodar
Sei que estás ai
Que como eu
Poderás estar em qualquer outro lugar…
Sei que estás ai
Embora haja uma impossibilidade real
Ou demasiado fictícia
Em te poder tocar
Sei que estás ai
E eu amo-te
Sem realmente te amar
E eu gosto
Sem que claramente
Tal possa objectivar
Sei que estás ai
Tal como tu sabes onde estou
Mergulhados na subjectividade dos sentidos
Na indefinição de uma rede
Que não permite que veja as tuas pupilas a dilatar
Não permite que sinta o teu cheiro
O teu relevo
E por isso não sei se estás alegre
Ou se simplesmente estás com medo
Sei que estás ai
E eu amo-te
Mas vou sair da rede
Vou entrar no mundo antigo
No mundo real
E dar a uma desconhecida
O símbolo máximo da humanidade
Que entrou numa eterna letargia
Vou dar um simples
Mas demasiado simbólico Beijo…