POR UM AMOR FRESCO
Carlos Sena
O amor fresco não se recompõe na cama
Da cama só o sono é insubstituível.
Do amor tudo sim sem senão quando rola
Pela cama
Quando deita pelo chão...
Dá-me a mão se eu quero pegá-la
Dá-me teus pés se eu quero apreciá-lo
com rigores de pedólatra assumido.
Mas se quero teus beijos
Cata-me, sufoca-me que é assim
que se acasalam desejos.
O amor fresco é diferente da fruta fresca
que no pomar nos convida a deglutir.
Fresco amor é aquele que nos sorve
Sem nos dispor
E quem parece ceder nem sempre é sofredor
E a dor que juramos doer
Com o prazer nos convence:
não resta nenhum perdedor.
O amor fresco é
afresco do tato exausto, corrompido pelo pecado
enquanto no meio da cama há marcas nos lençóis...
Tuas ou minhas, pouco importa. É só fechar a porta.
Carlos Sena
O amor fresco não se recompõe na cama
Da cama só o sono é insubstituível.
Do amor tudo sim sem senão quando rola
Pela cama
Quando deita pelo chão...
Dá-me a mão se eu quero pegá-la
Dá-me teus pés se eu quero apreciá-lo
com rigores de pedólatra assumido.
Mas se quero teus beijos
Cata-me, sufoca-me que é assim
que se acasalam desejos.
O amor fresco é diferente da fruta fresca
que no pomar nos convida a deglutir.
Fresco amor é aquele que nos sorve
Sem nos dispor
E quem parece ceder nem sempre é sofredor
E a dor que juramos doer
Com o prazer nos convence:
não resta nenhum perdedor.
O amor fresco é
afresco do tato exausto, corrompido pelo pecado
enquanto no meio da cama há marcas nos lençóis...
Tuas ou minhas, pouco importa. É só fechar a porta.