Corações nos corações
Corações nos corações
As coisas um dia pareceram ser fácies,
Quando eu olhava dos prédios as avenidas abaixo,
Imaginava que tudo aquilo era arte
E nunca foi.
Depois que vi que tudo era guerra
E não cessava
Caminhei então desiludida
Mais alguma esperança me restava
Eu admirava tudo dos menores aos maiores monumentos.
Eu era apaixonada pelas gentes artistas.
Criava algo incomum que ninguém cria
Colecionava tudo que eu apreciava
Mas o tempo passou e deixou tudo escrito
Tudo mudou mais quem mais tinha mudado era eu.
E assim vi o que nunca havia enxergado
E o resto da minha esperança foi-se embora com a criança que vive
A pobreza,
Foi-se embora com as mortes e as durezas.
Foi-se embora com o não! Com a falta de coração nos corações.