(Des) conhecidos

No princípio me fiz Não e você Sim.

Todo sonho e cada ensaio despediram-se de mim

nesse nosso (des) encontro choroso de desalento...

E você se fazia, em mim, de um esperar sonolento.

Isso acontecia, hoje sei: isso acontecia

porque, meu bem, eu ainda não te conhecia.

A cada instante receei o teu desabrochar

(Que mudanças me trariam seu olhar?).

Em cada suspiro meu um desabafo indiscreto,

meu desespero foi solitário e tão secreto.

E isso tudo me acontecia

naquele tempo que eu não te conhecia.

As horas trouxeram a esperada Primavera

E o amor, enfim, se desabrochou em quimeras,

ouvi seu canto, seus versos e seu contentamento.

Como pudera pequenino, gerar-me tanto sentimento?

Agora compreendo as rimas dessa tua poesia:

Sorrio, pois, meu bem, de outrora eu já te conhecia

E eu (perdoe-me), tão tola, eu ainda não sabia.

09/10/2011

Raquel Abes
Enviado por Raquel Abes em 11/10/2011
Reeditado em 18/11/2011
Código do texto: T3270027
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.