Vigilia
Estou de vigilia,
há muito tomando,
conta de mim.
Quieta,
escuto , me respeito.
Econdida,
ouço as perguntas,
receio as respostas.
Não quero ,
finjo que não entendo.
Meu olhar é frio,
nem parece eu.
Não questiono,
e não decoro o diálogo.
Percebo vozes e faces
que se movem.
Não conheço ninguém.
Sou um livro feichado,
por favor, não abram.
Há de haver uma saida.
A escada é longa e fria,
vou tentar escapar.
Já estou cansada.
penso que vou dormir.
Não....Não esqueci,
que ainda preciso,
fugir de mim.
fugir de mim.