UMA FLORISTA

Vivi tentativas frustrantes, no encontro do amor

Através do sonho desenhado, no colorido de cada rosto

Meu olhar cigano perdeu-se na busca, além da leitura

Das mãos estendidas, como antiga prece de um vil curador

Em cada luz artificial, doar enfeites, em nova ilusão de ótica

Da indiferença à necessidade, doar carinho, em forma de flor

Para que nesta busca incessante, de uma migalha, ou um instante,

Que traga amor, ou tenha amor, maior do que antes

Prossigo assim, colhendo flores, sentindo espinhos

Simples florista ou jardineiro de alguns caminhos

Se precisar secar o orvalho, serei pequeno raio de sol

Se precisar molhar sementes, posso ser chuva em caracol

Quem sabe lua, ou mesmo estrelas para enfeitar com luz e paz

Ou talvez gotas de cachoeira molhando o sonho que se refaz

Quero ser sempre humilde florista, que vê brilhando em cada flor

Nova esperança, nova conquista, ou a lembrança de um grande amor.

Cler Ruwer

Cler Ruwer
Enviado por Cler Ruwer em 10/10/2011
Código do texto: T3267742
Classificação de conteúdo: seguro