Amanhece o meu coitado louco
Amanhece o meu coitado louco,
Marcos Hume
Amanhece o meu coitado louco,
Que fica sem você,
Neste lindo tempo,
Que respira ares novos.
O triste nascido de filmes,
Que me faz estremecer,
Na parada cardíaca,
Perdida no hospício.
Vejo tudo cair aqui,
Até a minha esperança ferida,
Que desce sempre,
Sem achar nós.
Um novo dia,
Um novo assassinado,
De promessas,
Nada ditas.
Você me fere com palavras novas,
Fingindo viver bem,
Na cansada fala,
Que mete outra vez.
Não sei explicar,
Nem mesmo deitar,
Em teu colo,
Com minhas lamúrias
Busco em ruas nuas,
A nossa vontade,
Dos doidos sem vida,
Que se perdem,
Na caminhada escura.
Ouço o teu inquieto dia,
Que nada vai chorar,
Nem um pingo de tristeza,
Que achava um sinal.
A tua dor some no teu beijo,
Que ainda não meu deu,
Na desculpa de anos,
Na infelicidade,
Desesperada.
Gostaria apenas de um sorriso,
Mesmo por um segundo,
Levando a minha imaginação a andar,
Feito dois confusos,
Inimigos.
Você se perdeu também,
Na encarada solidão,
Que faz o nosso amor,
O pior alcance.
Amanheceu sem você,
Em meu quarto fechado,
Que reclama por nós,
Na batida da estupidez.
Quero um toque do teu olhar,
Pra saber da minha dor,
Que aperta meus dias,
No velório nosso.
Seja a minha feliz alegria,
Neste dia infeliz,
Que prefere as brigas,
Invés de sofrer por hoje.
Escrito por: Marcos Hume
Para Lilica