DELA
“DELA”
Dela,
Bela figura
Mandarim que transforma,
Que transporta o muro
Do ser mais inculto
Em olhos múltiplos,
Em múltiplos de olhos
Em que pelos colos,
Os dolos,
Transforma-se em sorriso
O guiso e torpor da prova
Mutila a quem se distancia,
A quem se denuncia
E que se mostra
Em um sopro,
Que sopra
A hora de um crivo
Dela que captura,
Ruptura de um vivo
Cada vez mais desértico,
Hermético
Ético sem a corda
Sob uma linha retilínea
De uma mística nostalgia
Que se apita fina
Para os tombos,
Em seus finais
Dela,
Que se sai maior
Que a própria regalia
Que se dormia
Ao se encontrar o corpo
Banhado em modos
Quando não se havia,
Por confrontar-se
Faria dos meses
Tão mortos,
Qual o horto
Pelo qual se caminha
Dela se vai,
Toda a pista
Tola rítmica,
Psíquica.
Alquimista,
Que transmuta a dor,
Em apostas
Futuristas
De correntes
Que se move,
Por ais
De dormentes
Que locomove
Meu corpo
Por trás e inocente
Docente
Somente são,
Carcomidos,
Em lábios indulgentes
Que a cada escuro,
De noite
Os corpos
Em se fazerem
Atropelados
E então indigentes
Sentem em saber
O prazer modelado
Atropelado,
Como a um novo sistema,
Que não se compreende.
E que inunda os encontros
De um sereno intermitente
De ruídos em brincadeiras
Que aceleram a vida
E os átomos;
Em calores corpóreos
Que são mais severos
Que todos os laureados
Compostos de espasmos,
Notórios.
Tempos de disputa
Áureos toques de permuta
De dor que provoca
O tempo
E a ternura
Como o ar que à frente,
É desespero!
Refúgio e enredo
Eu que perjúrio
Que tomo desbragadamente
O júbilo daquele
Que não é justo
Mesmo que dela não se tolha
Amá-la ao encontro de sempre;
Mesmo que dela se tenha
Um adeus de serpente
Não tente e não se esqueça,
Dela,
Por mais,
Que o bem me tente
Implante de jovialidade,
Na cumplicidade feminina
Cordialidade servida
Na beleza do contorno
Em que viera realmente
Tornar-se rima
Para postar-se,
Incondicionalmente
Em meus traços
Para amá-la,
Sem o medo de sempre
Compromissados
Que são os regentes
Presentes em brados,
Presentes em seus atalhos
Em que farto
Vou-me voltar fielmente
Para lhe tomar,
Finalmente,
Por meus braços
Em que se ressalva
Que é ela,
Que zela,
Por meus ressaltos
E Dela me separo
Do presente
Vendo ao entorno
Deste sonho
Ao que o fim
Seja reposto,
O sopro,
Em quem mente.
Para um uso
Em que ouso
Dar-te,
Separadamente,
De coisas que
precipitadamente
Sem os sonhos,
Confundo,
Ardentemente
Para dotar o meu muro
Do limpo e místico urro;
Para que todos entendam
Que faça Dela
A fração,
O limbo,
E o mundo
Em que se criou à vida,
Em surto
Pelo seu amor,
Que profundo,
Tão mais, se prende.