Caminho por entre a chuva

Quando, pela manhã, na solidão e no deserto.

O tempo, era outro tempo, trouxe com o vento a felicidade.

Enlaçar-se, foi ficando ao acaso, mãos, braços e olhos.

À brisa, soprou a página daquele livro surrado, deixou

palavras, sonhos e, ainda, saudade. E, às vezes, aquela lágrima guardada.

Quando, na chuva há dois corpos, há desejo e silêncio.

A água, de agora, me conforta, descansamos no amanhã.

Rente a meu corpo tua mão fria, sonho, e um sorriso.

No cais noturno de teus olhos, brilho, me perco.

O beijo, não dado, ao léu, ao breu, guarda e reguarda.

E há chuva, cá entre nós, me basta, há dia, me espero.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 07/10/2011
Código do texto: T3262225
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