Caminho por entre a chuva
Quando, pela manhã, na solidão e no deserto.
O tempo, era outro tempo, trouxe com o vento a felicidade.
Enlaçar-se, foi ficando ao acaso, mãos, braços e olhos.
À brisa, soprou a página daquele livro surrado, deixou
palavras, sonhos e, ainda, saudade. E, às vezes, aquela lágrima guardada.
Quando, na chuva há dois corpos, há desejo e silêncio.
A água, de agora, me conforta, descansamos no amanhã.
Rente a meu corpo tua mão fria, sonho, e um sorriso.
No cais noturno de teus olhos, brilho, me perco.
O beijo, não dado, ao léu, ao breu, guarda e reguarda.
E há chuva, cá entre nós, me basta, há dia, me espero.