O Príncipe

Às vezes sinto uma vontade,

De incendiar o mundo,

Ouvir e ler o que todos iriam dizer,

Meu Deus ele enlouqueceu,

Às vezes só queria desaparecer,

Não seria vergonhoso sair,

Sem deixar nada para trás?

Sim seria extremamente fácil,

Evaporar...

E todos iriam se preocupar em falar,

Meu Deus ele enlouqueceu.

Às vezes sinto vontade de viver coisas impossíveis,

Às vezes queria recomeçar tudo de novo,

De reencontrar o fio da meada,

Será que erraria tudo outra vez?

Dizem que são as escolhas,

Mas creio que vá muito além,

Às vezes me sinto como um Deus,

Fazendo milagres que ninguém pode ver,

Às vezes me sinto um nada,

Que só desperdiça seus dias,

Caminhando na mesma velha esteira,

Dia após dia...

Às vezes queria que pensasse em mim,

Queria que me visse assim,

De um jeito que ninguém olhou,

Eu faria milagres todos os dias

E te levaria a lugares onde ninguém esteve,

Às vezes queria que soubesse,

Que eu me calei, porque cansei de gritar,

Eu parei porque, cansei de andar,

Eu só queria que me encontrasse no chão

E me desse sua mão...

Às vezes era só preciso dizer,

Eu juro te levantaria em todas as suas quedas,

Amparar-te-ia em todas suas tristezas

E te guiaria, porque não estaria mais perdido,

Eu lutaria contra Deus e o Diabo,

Se eu visse nos seus olhos,

O medo de me perder

E que mesmo o mundo contra,

Que ainda crê em mim,

Não seria impossível,

Mas é de mim que estou falando,

O príncipe que precisa ser salvo,

Para poder ser um herói...