Poema de Amor - Capítulo II
A tarde já escurecida pelo tempo
E os grilos entoam sua canção
No largo de um breve momento
Fenece teu semblante e emoção
Guardasse a tarde pálida os beijos
Que tua boca quente engendrava
Nas beiras dos lagos, rios e brejos
Desenharia-os o vento e eu os guardava...
O amor por ti foi-se embora sem sair
Enquanto o toque jaz de tua mão
Sobre os trilhos da vida e o devir
De minha índole agora em canção
Vai e conte ao mundo o que se passou
Conte as vezes que a solidão nos deixou
Nas vezes que tivemos um ao outro e soou
Aqueles sinos dos céus e o amor obrou
As delícias sutis e carícias sinceras
Que marcaram dos rios as margens
Que chocou o poeta e suas quimeras
Que em versos deleitou suas passagens
Contei as vezes que os grilos entoaram
O nosso amor que brotou de uma vez
Tuas súplicas na beira do lago guardavam
As relíquias sinceras de um amor que se fez