Poema de Amor - Capítulo II

A tarde já escurecida pelo tempo

E os grilos entoam sua canção

No largo de um breve momento

Fenece teu semblante e emoção

Guardasse a tarde pálida os beijos

Que tua boca quente engendrava

Nas beiras dos lagos, rios e brejos

Desenharia-os o vento e eu os guardava...

O amor por ti foi-se embora sem sair

Enquanto o toque jaz de tua mão

Sobre os trilhos da vida e o devir

De minha índole agora em canção

Vai e conte ao mundo o que se passou

Conte as vezes que a solidão nos deixou

Nas vezes que tivemos um ao outro e soou

Aqueles sinos dos céus e o amor obrou

As delícias sutis e carícias sinceras

Que marcaram dos rios as margens

Que chocou o poeta e suas quimeras

Que em versos deleitou suas passagens

Contei as vezes que os grilos entoaram

O nosso amor que brotou de uma vez

Tuas súplicas na beira do lago guardavam

As relíquias sinceras de um amor que se fez

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 05/10/2011
Reeditado em 28/10/2011
Código do texto: T3259776
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