Das Vaidades
Qual face em demasia
Não deseja ter em ti
A beleza igualada a dessa prosa?
Qual botão fechado que
Numa muda espera
Não chora por pingos
Para assim poder florir?
Não há no solo fértil e ermo
Uma grama sequer que não
Sonhe em ser pétalas duma flor!
Ah, se dessas vaidades que saem
Vis palavras, palavras que dessem
Para plantar e colher...
O poeta não precisaria fechar
Os olhos para sentir na alma
As flores que em ti vão nascer!