O noivado e o silêncio à saudade
O que fizeste comigo?
Quero que leias meu corpo
E me diga que já sabes que sou teu
E eu te corra aos beijos
Estou em ti?
Eu sei que esse frio em madrugada
Se estende ao dia, às vezes
Que a saudade é isso, amor ...
É não te ver me vendo também
Teu nome entre todos os minutos
Meu corpo ressoando no teu
Como é vasto isso tudo, e tão íntimo
A troca de necessidades, que na verdade nem são
Já nos tínhamos, nos sonhávamos, sem nem se saber
Quando os dias passam lentos, tua falta
E não sei de nada que faça silêncio à saudade
Resgato memórias... futurando-as ao teu lado então
Numa calma perversa, que dispersa e não tem
Às vezes o que me rasga o coração é bom
Eu não te crio, nem te convenciono
Preciso-te assim, o que és de linda
E quando precisas de mim também
Exercitamos a eternidade, já agora
Amor, me ganhas todos os dias
Não vais me perder
O que palpita cá por dentro, te chama logo
Nessa soltura louca, e eu cuidando de ti
Numa aplicação de vida, de vivo, de
Ah...
Que eu não te amasse tanto
Não me existiria tanto, nem nada
Vou de encontro à tua voz, não me pare
Nem me pare de chamar
És o amor, simples assim
Se só a ti existo, há o que pensar?
Daniel Sena Pires – O noivado e o silêncio à saudade (04/10/2011)