Amor Proibido

Quando beijo, de leve, a tua mão,

o que eu mais queria, na verdade,

era chegar direto ao coração

para que percebesses que a vontade

se torna a cada dia mais sofrida

por ter-te tão perto e tão distante,

tornando cada dia em minha vida

uma outra dor desta aventura errante.

Não há alternativa imaginável

que pudesse estancar o sofrimento.

nem sequer torná-lo suportável

por um único e rápido momento.

Sei que a culpa é unicamente minha

por deixar nascer um amor tão proibido

que se alastrou igual planta daninha

ignorando o aviso tanto repetido.

Mas que adianta censurar o coração

depois do fato consumado e vivo?

Como deixar morrer esta paixão

e simplesmente esquecer o amor ativo?

Vou tentar, muito embora não garanta,

transformar esse amor em amizade,

embora saiba que a intensidade é tanta

que ele vai se transformar é em saudade.

Amaury Nicolini
Enviado por Amaury Nicolini em 04/10/2011
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