Papéis

O primeiro som da ilusão me tocou,

e nunca mais saiu de mim.

Um falso bem estar me viciou.

Silêncio,

tudo me perturba,

tua voz é outro medo que se instala em meu peito.

Tenho feito colagens de mim mesma,

e vivo me rasgando.

Não acho mais meu corpo.

Demoli meu coração, e hoje, estamos em ruínas.

Eu, e ele.

Quanto eu ainda poderei existir,

se a minha volta,

há uma pilha de papéis voando?

Se desgastam minhas falas,

e crescem meus vestidos.

Há uma teia perigosa se fazendo em minha frente,

o futuro não se mostra.

E eu conto os dias para o fim dos meus.

vivi star
Enviado por vivi star em 03/10/2011
Código do texto: T3256210