Almas perdidas

Não queria ser serpente

que escorrega para longe de ti

levando a maçã mordida

em momentos febris.

Queria eu sei ser Eva

e docemente lhe tirar de si

ao mostrar a vida

que carregaria em mim

Mas a vida fez-lhe homem

antes que eu pudesse chegar

arrancando-lhe a criança

que já não pode mais morar

E hoje chora a culpa e o medo

de perder o que não quis

e aqui canto reconhecendo,

desconsiderando o que fiz.

LUCILA GRACINDA
Enviado por LUCILA GRACINDA em 03/10/2011
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