Adeus a um amor falso,

Adeus amor falso, o oráculo de mentiras,

Um inimigo mortal, inimigo impiedoso,

Uma megera invejosa, a quem todos devem temer,

Um bastardo vil, um animal sorrateiro,

Uma criatura torpe, um templo de perdição,

todos os devaneios ao contrários da razão.

Uma serpente venenosa escondida sob flores,

rainha de suspiros, destruidora de paz,

Um mar de tristeza, onde banhei-me incausto

Como umidade que fertiliza cachos fartos de dor;

Uma escola de dolo, rede de tramas sombrias,

Um anzol dourado que segura isca envenenada.

Uma fortaleza caida que não pode defender,

Um canto de sereia, uma febre da mente,

Um sentimento que encontra um labirinto sem fim.

Uma nuvem que corre em fúria diante do vento,

Um eclipse tenebroso que sempre esconde o sol,

Um cavaleiro da tristeza que busca a perfeição.

Um fogo inextinguível, terremoto, tsunami,

Um caminho que leva ao perigo e percalço,

Um verdadeiro retiro de tristeza e desespero,

Um ser hediondo que veste pele de santo,

Uma profunda desconfiança de que se transforma em verdade

Um caos que domina sem razão nem porquê.

Ainda que me queixe, sozinho amargo e traido.

imerso na ingratidão que alardeia sem dó;

Indifrente ao que sinta voce dança e toma vinho

e serpeteia seu corpo na Dança dos sete Véus.

Falso amor, desejo e beleza frágil, adeus

Morta é a raiz de onde as fantasias nasceram.

lazaro correa de oliveira
Enviado por lazaro correa de oliveira em 02/10/2011
Reeditado em 26/10/2011
Código do texto: T3253356
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