Adeus a um amor falso,
Adeus amor falso, o oráculo de mentiras,
Um inimigo mortal, inimigo impiedoso,
Uma megera invejosa, a quem todos devem temer,
Um bastardo vil, um animal sorrateiro,
Uma criatura torpe, um templo de perdição,
todos os devaneios ao contrários da razão.
Uma serpente venenosa escondida sob flores,
rainha de suspiros, destruidora de paz,
Um mar de tristeza, onde banhei-me incausto
Como umidade que fertiliza cachos fartos de dor;
Uma escola de dolo, rede de tramas sombrias,
Um anzol dourado que segura isca envenenada.
Uma fortaleza caida que não pode defender,
Um canto de sereia, uma febre da mente,
Um sentimento que encontra um labirinto sem fim.
Uma nuvem que corre em fúria diante do vento,
Um eclipse tenebroso que sempre esconde o sol,
Um cavaleiro da tristeza que busca a perfeição.
Um fogo inextinguível, terremoto, tsunami,
Um caminho que leva ao perigo e percalço,
Um verdadeiro retiro de tristeza e desespero,
Um ser hediondo que veste pele de santo,
Uma profunda desconfiança de que se transforma em verdade
Um caos que domina sem razão nem porquê.
Ainda que me queixe, sozinho amargo e traido.
imerso na ingratidão que alardeia sem dó;
Indifrente ao que sinta voce dança e toma vinho
e serpeteia seu corpo na Dança dos sete Véus.
Falso amor, desejo e beleza frágil, adeus
Morta é a raiz de onde as fantasias nasceram.