Meu corpo em suas mãos segue livre, como uma balsa ao sabor das ondas, é levado pela correnteza e ora oscila entre o perigo eminente das profundezas.
Ora flutua ao sabor da calmaria embalado por marolas suaves.
Tuas mãos conduzem, e na sua boca a fêmea desperta o cio e alça as estrelas, gemendo baixinho teu nome em um mantra,
traçando círculos na ponta do caminho do céu.
Perfeito, feitiço, você. Sintonia que antecipa meus desejos e saboreia meu gozo sem pudor, declara o tesão que te rouba os sentidos e o torna tão cativo quanto eu, deste amor misto de ardor e ânsia. De chegar ao abandono da entrega, além do limite do desejo a infinita sede dos amantes que há tanto se buscavam.
Destino e encontro, reencontro e almas afins.