Perdi
Sempre estive sob a mira de seu olhar
mas nunca me iludi
Disfarcei, delirei, por horas ignorei
Até que um dia me rendi, e deixei me levar por ti
(não fui capaz de fugir da sua garra quando me desejou de verdade)
Levou-me para o seu mundo, e me trouxe a fantasia
perdeu-me nas tuas graças
encantou-me com tua alegria
Encheu-me de verdades
e sincero sempre foi
não deixou que a falsidade, expurgasse o nosso amor
Mas brincava quando amava,
e atuava quando sorria
eu por dentro me inflava
com tua voz que não de mim não saia
Mas o tempo, ingrato tempo
fez da brincadeira um jogo antigo
em que seu mimo de criança,
pede troca por não mais servi-lo
Teu alvo, deixei de ser
porque outros foi buscar
e queria que em um deles
eu pudesse representar
Não deixei porque amava
enquanto suas palavras, belas palavras
como se dissessem “vou conquista-la”
O seu alvo tornei a ser
mas agora com esperança
mas por achar chato o brinquedo
fez morrer igualmente minha criança
Te perdi porque te amei
porque não soube “fanfarrar”
te perdi, porque? Eu não sei!
acho que por não saber brincar de amar.