ASSIM SERÁ

Labaredas ainda ardem sem queimar

Rescaldo então o que restou

Choro às chagas de um coração

Levando só o que não queimou

Porém o rasto deixado lá dentro

Demorará a se refazer

Talvez o tempo devolva o que foi perdido

Cicatrize de vez sem deixar marcas

E o pulsar ritmado de um bater

Marque o compasso de uma nova vida

Como planta que nasce entre as pedras

Sobrevive porque tem que sobreviver.

Há de este fogo apagar-se definitivamente

Levando consigo, lembranças da alma, do coração

De uma paixão...

Luis Roggia
Enviado por Luis Roggia em 29/09/2011
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