Quasar...

Nessa nossa estrada doidivana,

Nos deparamos com seres que irradiam

Toda a lacuna sombria, sem graça, sem asa.

Gigantes, gigantes de alma...

Com um quasar que mata sem querer,

Qualquer tristeza afogada.

Rapidamente um sorriso

Pula pro meu rosto,

Fazendo meus olhos dançarem

Realçando toda a beleza venusta,

Que antes se via mas não se trilhava.

Os raios emitidos são coloridos,

Do jeito que no fundo me sinto...

Eles irradiam toda a minha alma,

Trazendo calma, sem trauma.

Verdadeiro: creio que sim.

Passageiro: sei não...

Derradeiro: no fundo total das coisas,

Nada nessa vida tem ponto final.

Não acredito em alguns fins...

Há fins de livros que na verdade são inícios...

No rebento do meu livro,

Sempre tem um invento,

Sempre algo novo...

Que me toca,

Que me faz sorrir de volta,

Girando meu mundo calado e absurdo.

As sensações de alegria...

São notórias, trazendo consigo:

Flores de cravo,

Orvalho,

Sol dourado,

Lua amiga,

Chuva precisa.

Esse quasar que impulsiona

Trazendo alegria sem maresia,

Fazendo dum dia sem graça pura vivacidade...

Será que é ventania empoeirada?

Ora, se for só o vento, sem a poeira...

Adoro o vento, mais ainda o amor.

Que venha e fiquem os dois.

((( Camela Senna )))

Para Daniel:

O poeta tem que ser LIVRE. "Que a poesia sempre venha ser PARIDA sem regras e traduções, andando livre pela cabeça dos poetas sem definições". A poesia em minha vida é "tudo", foi a maneira que descobri de enlouquecer sadia, falo de mim de forma boa, ruim, gostosa... Se eu não puder morrer, ressuscitar, gozar, para mim não é poesia, é prisão. Daniel, achei uma simpatia seu olhar sobre meus versos que muitos gostam e outros não. Até suas críticas construtivas fizeram-me bem. Mas eu sou toda emoção, escrevo o que minh'alma grita, essa é a real intenção do meu coração. Não escrevo para agradar o mundo,não escolho um público certo para minhas poesias, escrevo de tudo um pouco sem muito roteiro e totalmente liberta de preconceitos. Minha escrita é contemporânea, escrevo-as despida do que vão pensar, sinto-me livre!... Seja tomada pela emoção ou pela razão, escrevo, rabisco, insisto. Minha poesia é peculiar, eu sei!... Quero sempre em tudo que faço retemperar-me para MEU próprio gozo, cada um sente melhor o seu próprio sufoco. Entender? Para quê? Cada um tem o olhar que quer ter, tenha o seu... Somos livres. Erudito em mim, Daniel... Só meu coração, meu conhecimento vem das calçadas pintadas e das experiências cravadas. A vida ávida que em minh'alma habita, precisa, anseia, ser Livre. Sempre!

Camila Senna

Grata, Daniel, por enriquecer com seus comentários.

Luz.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 28/09/2011
Reeditado em 04/10/2011
Código do texto: T3246293
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