Neve no verão
Neve no verão
Marcos Hume
Hoje à noite caem lamúrias,
Vendo em cada neve de verão,
O impossível criar coragem,
De mostrar toda essa mudança.
Às vezes queria chorar muito,
Buscando motivos sagrados,
Tentando ser forte pra você,
Pra não me ver chorar.
Toco tudo desconhecido,
Pra você ler nesse papel branco,
Que foi escrito tanta infelicidade,
Pra você tocar os olhos.
Nada mais é novo,
Nem mesmo o revolto,
Das coisas antigas conhecidas,
Na praga nascida.
Dizem que não sou o mesmo,
Reclamando do antes meu,
Do sorridente sempre,
Da alegria pessoa.
Não tenho o que explicar,
Sobre o que sinto agora,
Mesmo sabendo que sabem,
Da minha solidão.
Sou pobre demais,
Pra nadar contra tudo,
Que parece em minha frente,
Vivendo a pior fraqueza.
Não sabia dessa maldita dor,
Que poderia me banhar todo dia,
Batendo na verdade escondida,
Do coitado coração.
Só me resta cantar com versos,
Que vão até você amor,
Implorando pela tua mão,
Nas minhas caladas verdades.
Acredite em mim amor,
Quando falo do sentimento,
Que bate forte em minha face,
Derrubando a violência.
Quando vi você à vida mudou,
Dando o sorriso pra felicidade,
Abraçando minha solidão,
Ensinando que nada pode,
Matar um grande amor.
Você pode negar o amor,
Entre duas sinceras escritas,
Na promessa nascidas,
No pior dia falado.
Você poder perceber,
As minhas linhas guardas
E nunca ditas pra você,
Numa gaveta antiga.
Veja nela a minha poesia,
Que aranhas conhecem bem,
Em cada visita conhecida,
Ferindo o coração.
Mas agora estamos quebrados,
Jogando pedras nas vidraças desconhecida,
Perdendo tempo demais,
Pra enxergar o amor.
Você é a minha fraqueza,
Neste dia lembrado por nós,
Numa festa parada,
Pra notar o sobrevivente.
Você não pode deixar,
O cego falar mais forte
E não prestar atenção no amor,
Que anda do teu lado.
Quero que me ouça,
Sem perder o escrito,
Neste verão,
Que a neve banha.
Escrito por: Marcos Hume
Poema para LILICA