AMOR PROVADO

AMOR PROVADO

Sinto a noite atrás de mim

E o incômodo peso da razão

Sobre a mente torturada

Faço parte de algum mistério

Como se fora um elo perdido

Perdido, confuso e solitário...

Ouço então os marulhos

Sons sedutores da paixão

Dizem não existir o amor

Apenas provas de amor

Preciso ser um pouco frívolo...

Quero um chapéu panamá

Uma camisa desabotoada

E uma calça de linho branca

Vou me embriagar de luar

Pois quero madrugar cantando

Com a sonância do meu violão

Quando o sol tocar meus pés

Nus e cobertos de areia

Há de me encontrar orvalhado

Com a roupa cheirando a mar

Ébrio e desavergonhado

Deitado sob aquela janela

Com o amor sonial provado

Declaradamente livre e apaixonado!

Leopoldina, MG, 20 de outubro de 2005.

Balzac José Antônio Gama de Souza
Enviado por Balzac José Antônio Gama de Souza em 21/12/2006
Código do texto: T324186