AMOR PROVADO
AMOR PROVADO
Sinto a noite atrás de mim
E o incômodo peso da razão
Sobre a mente torturada
Faço parte de algum mistério
Como se fora um elo perdido
Perdido, confuso e solitário...
Ouço então os marulhos
Sons sedutores da paixão
Dizem não existir o amor
Apenas provas de amor
Preciso ser um pouco frívolo...
Quero um chapéu panamá
Uma camisa desabotoada
E uma calça de linho branca
Vou me embriagar de luar
Pois quero madrugar cantando
Com a sonância do meu violão
Quando o sol tocar meus pés
Nus e cobertos de areia
Há de me encontrar orvalhado
Com a roupa cheirando a mar
Ébrio e desavergonhado
Deitado sob aquela janela
Com o amor sonial provado
Declaradamente livre e apaixonado!
Leopoldina, MG, 20 de outubro de 2005.