Falso amor
Hei de fingir somente um instante
Que todo alucinante pode ser tão empolgante
Embala ao canto adrenalina vigorante
De um momento estonteante
Aquele Beijo no momento inoportuno
Aquele desejo, devaneio de amante.
De quimera inconstante e alucinante
Fez-se então voraz paixão-saturno.
E os deuses guiaram o amor
Tão sedutor, tão indevido.
Tão indeciso e inesquecível.
E fez de mim um semideus, lançar-me-ei sem mais pavor.
E dela uma semidéia, tanto poder, nenhum amor.
E acabamos, sós, imersos aos sóis, opostos, indispostos.