Do verbo amar

Sua intensidade

Tentei valorar,

Fiz analogias mil,

Todas áquem do seu conjugar...

Senti...

E na intensidade da vida,

Consegui quantificar...

Ah, verbo amar

No calor dos raios de Sol

De intenso verão,

Na luminosidade

Do clarão da manhã,

Eu te senti

Em meu peito pulsar...

Na quentura da terra

No rigor do sertão,

No pico do meio dia

Em pleno deserto,

Eu te senti...

No braseiro incandescente das chamas

A arder em meu corpo,

Alma e coração a queimar,

Eu te senti...

Passado no Presente,

A conjugação transgredi

Mas... palavras podem desalinhar,

Importa que o coração sente assim, então...

Quando o dia se põe

A querer desmaiar e a tarde se inquieta

Porque o Sol deseja lhe abandonar

Feito tarde manhosa, dengosa

Estendida no horizonte,

Com os braços pedintes

Suplicando ao Sol que não vá

Eu mendiguei, suplicando-te para ficar,

Partiste...

Ah, ingênuo pensar...

Como temi não mais te encontrar!!!

Mas, eu... eu te senti,

Apesar da aparente ausência,

No meu sentir, o teu presentificar...

Foi na suavidade do luzidio da noite,

E em cada estrela cadente,

A Lua, a acompanhar...

Que eu aprendi no Presente,

Que o Sol se põe, para a noite encantar...

E embora, inda meio sem jeito

Amei meu Pretérito mais que perfeito,

E afora, toda falsa modéstia,

Hoje eu sei... eu sinto,

E não meramente, pressinto,

No Imperativo Afirmativo,

Eu digo e afirmo,

Meu caro verbo Amar,

Que em todos os tempos e modos,

Escritos em meu ser, hoje, eu te sei conjugar...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 25/09/2011
Reeditado em 27/09/2011
Código do texto: T3239678
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.