Sobre teus olhos

O que seria de mim,pobre poeta,sem a cor suja desses teus olhos. O que faria de mim o gosto amargo,sem a Doçura de Vê-los. Como seria,não pagar pelo pecado de Toca-los e,assim sendo meus,que parte de mim padeceria caso eles partissem? Ou,que parte de mim se contentaria a seu regresso? Eu sendo sombra,viro luz. Respirando através dos teus cilíos. Eu sendo carne,viro pó. Dissolvendo a sombra dos instintos. E,mesmo que olhe na direção contraria a minha presença . Nunca feche teus olhos. Porque eles são meu mundo e,é o piscar deles, que da sentido a minha vida.