POEMA MATINAL
Estou sentado em frente a mesa
Escrevendo mais um poema,
Com a mesma caneta, com o mesmo dilema.
Minhas mãos estão presas ao passado
E meus dedos correm pela folha vazia
A procura de um motivo para esta poesia
Que fica sem sentido sem o ser amado.
Aos poucos, as linhas vão sendo preenchidas
Por frases ainda que um pouco distorcidas,
Por palavras que ainda estão cruas.
É o começo de uma manhã...
Acabou o silêncio das ruas.
Toda avenida é um borbulhar de vida
E toda minha vida
Um borbulhar de coisas tuas.