Karmen Pedaru

Quando as luzes desabam do céu da noite,

posso ver melhor seu rosto vazio,

congelado numa fotografia estúpida.

A memória corroída pelo esquecimento,

e o silêncio amordaçando a boca.

Vestida de sombras,

pendurada pelo pescoço,

ela pode ver de cima

as xícaras de chá da mesa.