PRESSÁGIOS DE OUTONO...

Um ponto distante,longínquo...

fez surgir a ansiedade no poeta

Por notas místicas de absinto,

na morosidade da tarde inquieta.

O querer transformou-se em farol,

pela abóboda azul do Universo

A similaridade,epifania de sol,

o olhar terno- verso e o reverso.

Antes deserto,acervo tristonho

pareceu haver tragado a alegria,

No penhasco da realidade,o sonho

emergindo em ondulações de harmonia.

Que direi da fábula incrédula...

da elegância no véu do silêncio?

São mirra e marfim entre pérolas,

celebrando em meio a névoa de incenso.

É tudo tão forte,tão frágil!

Feito aroma de mel e lírios

a fortaleza se fez vulnerável,

Detrás da cortina dos cílios.

Então vieram as cartas,o roteiro

qual viajor pelo mar,veio ao cais

Findou-se a busca por inteiro,

imantados em esculturas reais.

Desfez-se a tristeza no abismo,

a magia conectou-se ao perfil

Reverência na timidez do sorriso,

a aliança que a alma intuiu.

Pela flecha do Cupido os amores,

abriu-se um leque entre fendas

A história entre dois escritores,

acima do encanto das lendas...

Laura Di Paula
Enviado por Laura Di Paula em 23/09/2011
Código do texto: T3236480