PRESSÁGIOS DE OUTONO...
Um ponto distante,longínquo...
fez surgir a ansiedade no poeta
Por notas místicas de absinto,
na morosidade da tarde inquieta.
O querer transformou-se em farol,
pela abóboda azul do Universo
A similaridade,epifania de sol,
o olhar terno- verso e o reverso.
Antes deserto,acervo tristonho
pareceu haver tragado a alegria,
No penhasco da realidade,o sonho
emergindo em ondulações de harmonia.
Que direi da fábula incrédula...
da elegância no véu do silêncio?
São mirra e marfim entre pérolas,
celebrando em meio a névoa de incenso.
É tudo tão forte,tão frágil!
Feito aroma de mel e lírios
a fortaleza se fez vulnerável,
Detrás da cortina dos cílios.
Então vieram as cartas,o roteiro
qual viajor pelo mar,veio ao cais
Findou-se a busca por inteiro,
imantados em esculturas reais.
Desfez-se a tristeza no abismo,
a magia conectou-se ao perfil
Reverência na timidez do sorriso,
a aliança que a alma intuiu.
Pela flecha do Cupido os amores,
abriu-se um leque entre fendas
A história entre dois escritores,
acima do encanto das lendas...