VOCÊ EM MIM...II
Não me pergunte quem sou...
Tenho enraizado em mim você...
E como eu, não a tendo mais,
Terei o mínimo de discernimento,
Acerca de quem sou?
Sou aquilo que há em mim...
E, sendo você, metade de mim,
Sem você, como posso ser eu mesmo?
Como posso delimitar o “eu” com você,
Em confronto com o “eu” sem você?
São perguntas pelas quais não tenho respostas...
Perguntas que, por sua ausência, perdem o sentido.
Tenho a felicidade de sofrer com esse enigma,
Com essa total falta de explicação sobre o você que há em mim..
Viver é lindo e maravilhoso, no lado material e circunstancial,
Quando o que se mostra, esta bem para quem o vê.
O que não se vê, é tudo que me importa,
É o “eu” sem “você”. Posto que não seja eu...
É sim, o “você” em mim, mostrando-me por inteiro...
Já não me importando o que não há em mim...
E não há nada em mim que não tenha você...
E dentro de mim, o tempo... Com tudo em teu tempo,
Desconstruindo o momento, para construção do eterno.
O momento é o “eu” sem você. O eterno é o “você” em mim.