Amor sublimação
Alma, devoção, dedicação
No momento o tormento
A mais precoce solidão
Alma chora esperando-te sem razão
Já que o vento com prazer nos traz
Um frescor de sonhar
Para que do nosso enlouquecer
Sonhar, vigiar… compartir
A paz com a lua! Sublimação
Pudéssemos viver, brindar
Com o desejo ou com a dor! Sentir
Ao paraíso dois apaixonados
Iguais cantares viver.
E os lábios se abrem lentamente para beijar
E o corpo a movimentar-se como as ondas suaves,
Pequenas do mar.
A maresia nos envolve e pronto somos um só
Corpo, anima coração
Transformado no elixir de canção
No esquecer, sempre arruinamos nosso ser
Num baixo a penar e duas almas gémeas
Sem poder, enfim, fecundar
Procurar o belo de si
O bebemos sim ansiar
Como uma estrela cadente do céu despencar
Vejo-me brindando a decadência.
Trago entre os lábios da rosa o espinho
O coração coberto com um linho,
Da boca jorrando o mais ferroso vinho
o sangue na mesa
Nas mãos a mais fina seda
A limpar a mesa jorrada com
o vinho lento de ti a escorrer
Disso nasce
No ventre a esperança
De um dia poder te amar
E a lua em comtemplar
Assim, iluminando as nossas almas
Em algumas esferas a cruzar.
nos volatizamos
em um passe compasso
Na mais ténue
diminuta molécula no ar
em nosso respirar
Almas gémeas Sublimação do amar, somos.