O beijo

O beijo mortal de um espectro de luz

Nos lábios de uma alma pura e juvenil

Foi a dor mais sensível que senti a dois,

Pois me matou como um nada pueril...

Oh dor de amor que trespassa o meu peito,

Quero me consolar com o meu alimento,

Mas eu não me contento com o que tenho feito,

Pois estou na dor eterna, como estátua de cimento.

Meu sabor lembra a doce lembrança

Dos eternos afrodisíacos dos deuses,

Mas a minha memória não contempla o tempo.

Minha dor não é sem crença,

Que te peço misericórdia e para que uses

A morfina que eu já contemplo.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 21/09/2011
Código do texto: T3233180
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