O beijo
O beijo mortal de um espectro de luz
Nos lábios de uma alma pura e juvenil
Foi a dor mais sensível que senti a dois,
Pois me matou como um nada pueril...
Oh dor de amor que trespassa o meu peito,
Quero me consolar com o meu alimento,
Mas eu não me contento com o que tenho feito,
Pois estou na dor eterna, como estátua de cimento.
Meu sabor lembra a doce lembrança
Dos eternos afrodisíacos dos deuses,
Mas a minha memória não contempla o tempo.
Minha dor não é sem crença,
Que te peço misericórdia e para que uses
A morfina que eu já contemplo.