Poema 0929 - Sem controle

Busco aquele antigo amor, não este insensato,

a paixão ferve minha ansiedade,

sinto-me na beira do inferno,

perdido entre um céu e um nada.

Preciso, sempre preciso de alguma coisa,

ninguém escuta, não agüento mais gritar,

cabe amor em todas as palavras que digo,

de volta recebo dores, nada além de não.

Quero aprender a parar este tempo,

voltar, também não quero,

talvez ir direto para outro amanhã,

até que consiga respirar sem me apaixonar.

Onde esconde a mulher que sonhei,

ela parece indiferente ao amor,

quero abrir as portas de um mundo novo,

para que outra vez me sinta amado.

Não deixarei nada de concreto nesta vida,

carrego apenas a lembrança do seu perfume,

meu corpo, meus desejos perderam a calma,

meu espírito anda agoniado e sem atração.

Não sei o que nos separou tão rapidamente,

os desejos continuam os mesmos,

as distancias ficaram menores a cada toque,

importa-me senti-la, mas plenamente.

Voltarei mais uma noite, outra manhã, outra vez,

até que solte minhas mãos e junto o amor,

desculpe as palavras inquietas do meu coração,

fui separado da minha alma, perdi o controle.

20/12/2006

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 20/12/2006
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