A ternura do teu som

Os sons viajam pelo ar, sem rumo

Vão voando até que repousam calma e ternamente

num lugar até então oco, sem vida de tantos outros sons vazios e sem significados

Ficam por lá e permanecem mesmo após deixarem de existir.

Continua a lembrança... os tímpanos vibram por aquele existir

Pedem mais daquilo e aquilo não volta, pois já se foi.

Passado daquele sentimento tão vivo,

que não só o ouvir, mas o bater viveram.

A ternura volta a soar e o saudosismo se completa e contempla o novo de novo

E ainda mais preenchido... pois já conhece aquela vida,

aquela alma, velha canção daquele ouvido

que em essência apenas é.

E a cada dia ouço, ouço e ouço e sou levado novamente à ternura do teu som

Desejoso e ansioso por teu eterno tímbre

Que nunca chegará, pois não há espaço e tempo que o compreenda.

Apenas foi, é e será...

Renan Sposito
Enviado por Renan Sposito em 21/09/2011
Código do texto: T3231711
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