A ternura do teu som
Os sons viajam pelo ar, sem rumo
Vão voando até que repousam calma e ternamente
num lugar até então oco, sem vida de tantos outros sons vazios e sem significados
Ficam por lá e permanecem mesmo após deixarem de existir.
Continua a lembrança... os tímpanos vibram por aquele existir
Pedem mais daquilo e aquilo não volta, pois já se foi.
Passado daquele sentimento tão vivo,
que não só o ouvir, mas o bater viveram.
A ternura volta a soar e o saudosismo se completa e contempla o novo de novo
E ainda mais preenchido... pois já conhece aquela vida,
aquela alma, velha canção daquele ouvido
que em essência apenas é.
E a cada dia ouço, ouço e ouço e sou levado novamente à ternura do teu som
Desejoso e ansioso por teu eterno tímbre
Que nunca chegará, pois não há espaço e tempo que o compreenda.
Apenas foi, é e será...