Palavras 0466 - Morte do poeta

O poeta chora com teu olho de lua,

o sal da lágrima salga o mar,

sem teu corpo rua,

já não tem letras pra acariciar.

O poeta morreu a um palmo do destino,

plantando no papel tuas raízes,

falou das paixões vida

dos desencontros e cicatrizes.

Que Deus permita tua entrada,

naquele céu que muito desenhou,

dos amores que construiu

dos sonhos que tanto fantasiou.

O poeta viveu pra vontade de amar,

um dia passou a porta do amém,

deixou a obsessão de ficar vivo,

do prazer da letra nem a morte o abstém...

20/09/2011