Passarinho

Fala-me um passarinho verde

do tesouro que achei.

Verde, que te quero Verde*,

seja sempre

a esperança

de tua fala;

e que sempre

me traga

a cura da

nova mágoa.

Sei-me excessivo.

Passional,

sentimental

etc. e tal.

Coisa de poeta aprendiz.

Daqueles, que sempre me quis.

E, sei-te Estrela,

sei-te amada.

Daquelas, que

sempre procurei

e só entre bytes

encontrei.

Talvez critiquem

minha entrega.

E até tentem

corromper o que sinto

com laicas blasfêmias

de quem se vendeu

ao Sistema.

Mas em vão tentam,

verde passarinho.

Está em Cristina

o meu caminho.

Para Cristina, amada esposa.

* da poética de F.G. Lorca.