Abstração do sal



Teus beijos trazem uma dor inserida...
Na intenção de outros beijos excedem o amor,
Causando com versos outra ferida.

Sem explicar porque morrem depressa,
Tocamos nossos lábios com uma textura incerta,
Trazendo mil vontades; brisa quando encontra a porta aberta...

E o tempo passando, tal qual, fera embravecida,
Quanto mais o coração vai pedindo calma é que se destranca a vida...
Pela falta de harmonia, carinhos se comprimem num abraço na espera tão doída.

Teus lábios vêem morrendo na vontade da abstração do sal,
Fazendo que a boca envelheça esperando sua chegada
Sem tempo de entender porque te amar faz tão bem e tão mal.


De Magela e Carmem Teresa Elias (V.2)






“Em todas as bocas o beijo deve ser doce, mas em nós, clama por outros caminhos e sentidos que levam a um bem e a um mal. Amores encarcerados e seus desejos contidos... Lábios tocando-se causando nos versos mais vontades: espera dolorida é esta abstração do sal. Os olhos delas fechando-se em uma rima perfeita... que não precisamos de nada para entender esse agridoce do amor. ”


(Brincavamos de criar (on line) um personagem que viajara à Portugal e se admirava com a ambiguidade  por comparar o mar e suas lembranças...).
DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 19/09/2011
Código do texto: T3228220
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.