O MEU DESTINO É AMAR
Batendo asas contra o vento, a vida não me apagou do que tingiu
Ela fugiu pra renascer no alvorecer primaveril de teu olhar
Querendo ali meu coração talhar conforme a forma da paixão servil
E igualmente te esculpiu, fazendo-me perdido cego a te avistar!
Ela inventou o que faltava ao criativo universo da perfeição
Puxou-me pela mão e a fez querer morar no vácuo de teus medos
Uniu nossos segredos com pesadelos mensurados em sincrônica exatidão
Para depois negar razão a tanta inebriação de unidos beijos!
Mesmo precipitado ao chão, eu fui ao céu tocar nas hastes de teus cabelos
Pra descobrir que os teus segredos já namoravam minhas luzes
Que as nossas cruzes se findariam em lágrimas e selos
Que como laços em novelos éramos dois elos em plenitudes!
E na textura de um quadro nítido que mapeia a felicidade
Na teia de uma contextualidade que vence suas furiosas oposições
Eu me descubro átomos de emoções e um reino feito desde a eternidade
Com a precisa métrica da metade que une dois vocacionados corações!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor