ATÉ QUE AS RAÍZES DO CORAÇÃO SEQUEM
Durmo por sobressaltos ódios
Com os poros mergulhados em venenosos jocosos
Do velho músculo visceral que não me atormenta mais,
escuto apenas o ranger das mãos e o recrudescimento das pálpebras.
Não vejo as luzes brilhantes das auroras com suas sinuosas dançarinas.
Nunca mais ouvi o canto atrevido das virgens que habitam as tribos das estrelas.
Apenas pasmo e velado até que as raízes do coração sequem.
E cada minuto que renuncio em amar, deixo de existir, para insignificantemente durar.