CONFISSÃO DE UM DESAMOR

Quando dei por mim

Estava a chuva a me torturar

Minha alma paralisada com cada gota

Cada gota que caia e bradava

Brindando a felicidade dos amantes

Senti o gosto absinto e o cheiro ocre da inveja

Meu espírito se contorcia

Tudo em mim gemia

Sofria infinitamente nas mãos molhadas de minha algoz

A triste, forte e passageira chuva de fim de tarde.

Janina Dias
Enviado por Janina Dias em 18/09/2011
Reeditado em 18/11/2011
Código do texto: T3227443