CONFISSÃO DE UM DESAMOR
Quando dei por mim
Estava a chuva a me torturar
Minha alma paralisada com cada gota
Cada gota que caia e bradava
Brindando a felicidade dos amantes
Senti o gosto absinto e o cheiro ocre da inveja
Meu espírito se contorcia
Tudo em mim gemia
Sofria infinitamente nas mãos molhadas de minha algoz
A triste, forte e passageira chuva de fim de tarde.