Tuas luas
Quantas luas em ti habitam?
Quantos humores me excluem?
Quais as fases que te excitam?
Quais as que sempre me diminuem?
Olho para o céu toda noite,
tentando te adivinhar...
quando virás como açoite,
ou como pluma a me aninhar...
por vezes desapareces,
por vezes me desanimas...
será que por vezes me esqueces,
por serem tão pobres minhas rimas?
Não te convenço.
Não te compenso.
Já não te basto,
talvez nem bastasse...
nunca te venço,
jogo pretenso.
Seria casto,
o que não se usasse...
sorrio na minha loucura,
não te saber me desespera...
enfrento minha procura...
qual é tua lua que me tolera?