Vida que me leva...
A vida é estranha
E o que é estranho me acompanha,
Mas por nada consigo estranhar
Por muito tempo estou na estrada
E o que apreendi dessa jornada
Eu vou aqui agora contar...
A vida é muito mais do que picanha,
Mais do que caviar
O que ela nos ensina...
É que devemos simplificar
Tudo é esquisito...
Até experimentar
Não pode viver de bobeira
Cultivando apenas baboseiras
Para mim só basta um ovo frito
Para eu me conformar
Assim forro bem meu estomago
Satisfaço o meu alimentar
Basta amar a minha amada,
Com ternura e carícias
Deitar, vê-la deitada
Aquecê-la bem do frio
Enchê-la de beijo,
Carinho no queixo
Fazer seu maior meu desejo
É tudo que pratico e almejo
Depois de muito exercício
Paciência no bom e árduo ofício
Voltar ao cio acendendo o pavio
Até sem a boa e velha gemada
Para que ela se sinta bem amada
Não dar jamais parada,
No traquejo bem ousado
Ver que nosso amor volta e meia retorna,
E o nosso caldo não entorna...
Corre em nossas veias,
Com o fogo acendendo as centelhas
Nunca deixar de dar uma cochilada,
Para que o corpo fique bem descansado
Sem essa de se intoxicar com Viagra
Nem é preciso ovinhos de codorna...
Ou quaisquer psicodélicos afrodisíacos
Com você quero ficar só...
Desembaraçando todos os nós
Com este amor que nunca acaba
Porque o respeito não desaba
De madrugada até o sol se pôr;
E como dá gosto ver ele se expor
Sem guaraná em pó,
Sem catuaba.
Ou bicho de goiaba...
Que só te acaba
Usar somente sentimento,
Dar seguimento,
Em todos os momentos
Proteção e acolhimento
Comê-la com meu olhar;
Como se estivesse fazendo cafuné
Depois alimentar com uma bolachinha com chá
Afinal sou seu súdito e ela minha rainha
E continuar... Até apagar a ultima estrela
Ah! E como é delicioso percebê-la
E ver o sol raiar... E não acalmar
Nem com o suco de maracujá.
Como é bom amar e depois mergulhar...
No mar!
Duo: Diego Adib e Hildebrando Menezes