A Minha Espera


Veio como rosa;
Meu jardim enfeitou.
Transbordou-me com encantos,
Me fez homem com seu canto.

Minha espera sempre contida
Para encontrar em seus braços a vida,
Medo eterno de perdê-la de vista,
Até a hora em que falou-me de amor.

Não mais a última vida;
Não mais uma única dor;
Não mais estive sozinho;
Completei-me em seu calor.

 

Ao vento,
Lembro-me apenas de todo o tempo
Em que meu corpo chora seu pranto
Por estar longe de seu devido canto.

Afogarme-ei na minha bebida;
Beberei sua última gota.
Pensarei para o resto da vida
"Quanto bem me faz tua boca".

Que diga a razão destes versos agora,
Quando o sono já me diz sua hora.
Não procuro explicar nada pela forma,
Apenas expresso o que o meu peito calado chora.

Viverei este eterno romance
Mesmo que esteja ele fora de alcance.

Minha espera seguirá cintilante,
Tão pulsante quanto os versos de Dante.
Deleito-me neste pequeno espaço
Esperando-te para me jogar em seus abraços.

E plantarei teus olhos em meus olhos
E sugarei teu corpo para mim.
Para sermos para sempre um mesmo corpo
Sem começo, sem meio, nem fim.

Eis que és a minha razão;
Eis que te transformas até mesmo em inspiração.
Admira-me essa tua proeza
Por tirar de mim toda e qualquer certeza.

Agora te vejo em meu ser como rosa,
Agora te vejo em meu eu uma prosa.
Te vejo toda ardente em desejo;
E te beijo... te beijo... te beijo.

 

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Oscar Calixto
Enviado por Oscar Calixto em 19/12/2006
Reeditado em 11/09/2024
Código do texto: T322457
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