"Dou-me à ti por inteira"

Dou à ti tudo o que emana de mim, tudo o que tenho de melhor

Entrego-me sem pudor, vou ao céu e trago-lhe a lua e as estrelas

Mas também lhe dou as minhas mazelas e o que tenho de pior

Dou toda a minha dor, os meus abismos e também as minhas tristezas!

Dou à ti as minhas paixões, os doces amores e os beijos ardidos

Dou-lhe o que em mim estava escondido, toda a minha loucura

A insanidade mais pura, o que me é incerto e também os meus medos

Rasgo o peito e dou-lhe a minha alma, meu sangue e toda a candura!

Dou à ti cada gota refinada de alegria existente dentro de meu ser

Dou-lhe o anoitecer e as riquezas de cada grão de areia do deserto

Dou-lhe tudo o que fomento, meus desejos no recôndito do meu querer

Tudo o que em mim quiser ceder dou à ti naquele sublime momento!

Dou-lhe meus deslizes e o alto preço que paguei por tudo o que fiz

Tudo o que comigo condiz, as minhas lágrimas de tristeza e de alegria

Todas as minhas fantasias e tudo o que nessa vida eu mais quis

À ti dobro-me a cerviz com euforia. Dou-me à ti por inteira, ó poesia!

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E como diz o poeta... "Escrever é sangrar", então vou sangrar mais um pouco. Bjos...

DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 16/09/2011
Código do texto: T3222739
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