VARANDA
 
A rede companheira embala meu corpo
enquanto me perco em divagações
no silêncio que me abraça.
Olho como se fosse para o infinito,
vejo a chuva que escorre tímida
pela calha do telhado.
São como lágrimas vertidas
de tanto pensar em você.
Então fecho os olhos,
tento adormecer embalado
pelo salpicar das gotas de chuva
que faz festa no telheiro.
No abrigo da varanda me aconchego,
entremeando pensamentos distantes
e sono tentando sonhar.
Das duas maneiras me valho
como forma de chegar até você.
A cumplicidade da rede,
o silêncio da varanda amiga,
e o sussurrar da chuva que cai
molhando o mato e a terra.
O cheiro da terra, a chuva caindo,
o balançar indolente da rede
e a varanda solitária.
Nada faz sentido sem você.

 
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Cônsul POETAS DELMUNDO – Niterói – RJ
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 15/09/2011
Reeditado em 15/09/2011
Código do texto: T3221807
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