CÉU DA BOCA.
Por Carlos Sena
No céu da minha boca
a estrela guia é tua língua.
Da morte do amor, não se morra a mingua,
nem da morte do afeto
se constrói o deserto da solidão consentida.
No céu da minha boca
os demônios todos reverberam:
a estrela cadente desce enquanto
tua cadente estrela sobe acordando
dorminhocos sonhos...
Eternizando cometas: cometendo pecado,
cometendo perdão, cometendo patena, cometendo pão...
No céu da minha boca
há libido feito vulcão,
que te provoca
no alcance da minha mão:
mão que afaga,
voz que me pragueja...
Rumo que rumoreja
a sede de quem se beija
com vontade de ser na vida
aquilo que a vida seja...
No céu da minha boca há estrelas,
Comete um pecado: vira cometa.
Por Carlos Sena
No céu da minha boca
a estrela guia é tua língua.
Da morte do amor, não se morra a mingua,
nem da morte do afeto
se constrói o deserto da solidão consentida.
No céu da minha boca
os demônios todos reverberam:
a estrela cadente desce enquanto
tua cadente estrela sobe acordando
dorminhocos sonhos...
Eternizando cometas: cometendo pecado,
cometendo perdão, cometendo patena, cometendo pão...
No céu da minha boca
há libido feito vulcão,
que te provoca
no alcance da minha mão:
mão que afaga,
voz que me pragueja...
Rumo que rumoreja
a sede de quem se beija
com vontade de ser na vida
aquilo que a vida seja...
No céu da minha boca há estrelas,
Comete um pecado: vira cometa.