COMO SEMPRE ESTOU SOZINHO

No final de cada madrugada é perceptível

um princípio de intriga entre a luz de

um novo dia e as últimas horas da noite.

Inerte presencio a contenda tentando entender

a razão de tanta privação na penúria e

obscuridade do que se pretende.

Julgo que a razão esteja entre as nuvens

ou no interior de mim mesmo, e por mais que

que tenha me empenhado não consigo

encontrar uma solução.

Já me arrisquei demais e com sérios riscos,

inclusive expondo-me ao ridículo, não há indicação

que estou acompanhado, até os amigos

mais chegados bateram em retirada.

Posso encerrar-me em um cubículo ou

simplesmente caminhar para concatenar

meus pensamentos, e depois de tudo

é bem possível que desfaleça de exaustão.

Mas lá no recôndito de um coração, a

razão sempre esteve presente, é que pela

tangente procurei me valer de outras

alternativas, só para dizer que te amo.

Logo se percebe que as ondas geradas

por um sentimento sincero alcança dois olhos

hipnotizados, mas o que fazer se o amor

de hoje está desvalorizado.

Mire meus lábios alienados

desejosos por um beijo que ainda não se deu,

por fim, note meus braços em pleno folguedo

em um jardim extinto, a espera de uma flor

que talvez não vá nascer...

Wil
Enviado por Wil em 14/09/2011
Código do texto: T3218837