FLOR PARTIDA AO MEIO

Corro no infinito

e minha alma

vaga solta,

envolta

nos sonhos que por ti anseio.

Sou uma mera flor partida ao meio,

que sagaz escorrega de teus dedos ávidos.

Quero sentir-te impávido,

sutil, como um espectador vadio,

porém, não consigo superar meus medos;

sou como uma fonte que secou

e vazou receios...

agora pretendo reaver minha rota perdida

e tu serás como um marco cravado

na outra parte da minha vida.

Não consigo mais atinar

quem tem verdadeiramente razão

dentro desse caos de perturbação;

se tu, com esse antagonismo rarefeito,

ou eu, por imaginar-te um Ser perfeito.

Rose Arouck
Enviado por Rose Arouck em 18/12/2006
Código do texto: T321805