Descendo…
Ao fundo dos infernos
Porque por vezes é no fundo de tudo
Que nos reencontramos
Reencontramos quem deixamos de ser
Encontramos a redenção
Que a tudo o que não nos agrada
Permite sobreviver…
Até Ti
Punição
Supremo castigo
Mergulhar em ti
E descobrir
Que tal não passa
De um escondido paraíso…
Provar-te
Deixar que me proves
Provar-te que tudo é uma ilusão
Que tudo pode ser uma ferida
Que a dor é prazer
Que gente amiga
Pode ser também inimiga…
E brincar
Ou não levar demasiado a sério
Uma tremenda
E falseada
Dualidade de critérios
Porque se te faço falta
Tal pode ser uma penalização
Se te amo
Gostas de tal ordem de tal
Que para tal
Não encontras qualquer forma de perdão…
E assim eu desço aos céus
E não aos infernos
Eu desço onde estás
Suprema elevação
Que por ser tão sentida
Tão profunda
Parece um abismo
E não
Uma forma de ascensão…