Descendo…

Ao fundo dos infernos

Porque por vezes é no fundo de tudo

Que nos reencontramos

Reencontramos quem deixamos de ser

Encontramos a redenção

Que a tudo o que não nos agrada

Permite sobreviver…

Até Ti

Punição

Supremo castigo

Mergulhar em ti

E descobrir

Que tal não passa

De um escondido paraíso…

Provar-te

Deixar que me proves

Provar-te que tudo é uma ilusão

Que tudo pode ser uma ferida

Que a dor é prazer

Que gente amiga

Pode ser também inimiga…

E brincar

Ou não levar demasiado a sério

Uma tremenda

E falseada

Dualidade de critérios

Porque se te faço falta

Tal pode ser uma penalização

Se te amo

Gostas de tal ordem de tal

Que para tal

Não encontras qualquer forma de perdão…

E assim eu desço aos céus

E não aos infernos

Eu desço onde estás

Suprema elevação

Que por ser tão sentida

Tão profunda

Parece um abismo

E não

Uma forma de ascensão…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 13/09/2011
Código do texto: T3217798
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