O ULTIMO BARCO DO PLANETA

O ULTIMO BARCO DO PLANETA

Eu paro a madrugada,

Pra olhar a clara estrela,

Luzes noturnas avisando,

Da imensa solidão,

Do imenso vazio dentro,

De algum lugar tão próximo,

Que parece nós mesmos,

Perdidamente a procura

De um porto mais seguro,

Que o grande manto negro,

Que nos cobre firmemente,

E que os olhos não vêm,

Nada mais além,

Pra se tocar, e sentir calor,

Um rumo indefinido,

Tão incerto quanto o

Invisível que nos salta aos olhos,

E não entendemos bem o que é,

Como as luzes da cidade,

Que clareiam um nada,

Nada que nos possibilite ver

Tudo que queremos,

Tudo que precisamos,

Tudo que sentimos e,

Tudo que amamos.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 13/09/2011
Código do texto: T3216734
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